quinta-feira, 24 de abril de 2014

Vidas Secas

Graciliano Ramos



“Os dados biográficos é que não posso arranjar, porque não tenho biografia. Nunca fui literato, até pouco tempo vivia na roça e negociava. Por infelicidade, virei prefeito no interior de Alagoas e escrevi uns relatórios que me desgraçaram. Veja o senhor como coisas aparentemente inofensivas inutilizam um cidadão. Depois que redigi esses infames relatórios, os jornais e o governo resolveram não me deixar em paz. Houve uma série de desastres: mudanças, intrigas, cargos públicos, hospital, coisas piores e três romances fabricados em situações horríveis – Caetés, publicado em 1933, S. Bernardo, em 1934, e Angústia, em 1936. Evidentemente, isso não dá uma biografia. Que hei de fazer? Eu devia enfeitar-me com algumas mentiras, mas talvez seja melhor deixá-las para romances.”

        Trecho de carta enviada em nov.1937 por Graciliano a Raúl Navarro, tradutor argentino, para ser anexado a um conto em vias de publicação em Buenos Aires IN: Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos Benjamín de Garay e Raúl Navarro, p. 123, EDUFBA, 2008

Download do livro: Vidas Secas

Vidas Secas - Filme



                                             Lançamento: 4 de maio de 1964 (1h43min
                                             Direção: Nelson Pereira dos Santos
                                             Com: Atila Iorio, Maria Ribeiro (II), Orlando Macedo
                                             Gênero: Drama

         Em 1941, pressionados pela seca, uma família de retirantes composta por Fabiano, Sinhá Vitória, 
o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia, atravessa o sertão em busca de meios
para sobreviver. Seguindo um rio seco, eles chegam a um casebre abandonado nas terras do fazendeiro
Miguel, quando em seguida há uma chuva. Com a recuperação dos pastos, o proprietário retorna com o
gado, e a princípio os repele, mas Fabiano diz que é vaqueiro e que a família pode ajudar em vários 
serviços, então são aceitos. A família tem esperança de prosperar, Sinhá Vitória sonha com uma cama 
com colchão de couro e Fabiano em ter seu próprio gado. Mas, ao final do primeiro ano de muito trabalho
e dificuldades, perceberão que apesar de tudo, a miséria da família persiste e nova seca está para 
assolar novamente o sertão.


quinta-feira, 17 de abril de 2014

O Guarani

José de Alencar


José de Alencar (1829-1877) foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Seu romance "O Guarani" serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes, que compôs a ópera O Guarani. Foi escolhido por Machado de Assis, para patrono da Cadeira nº 23, da Academia Brasileira de Letras.

Download do livro "O Guarani"

O Guarani - Carlos Gomes


O Guarani - Filme